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quarta-feira, junho 02, 2004

Despedida 

190 posts. É aquilo que alberga este litanias. Mais virão, na nova casa.
Ficar. E, simultaneamente, partir. 2 litanias, 2 versões de uma mesma história.


Mudança 

Tal como o caranguejo-eremita, que, ao crescer, abandona a concha para procurar uma maior, também o litanias vai mudar de alojamento. Continuará alojado nos servidores da Blogger, mas com nova morada.

Admito que me custa abandonar esta concha, que me acolheu durante cerca de 7 meses. Cheguei a considerar, a dada altura, a hipótese de, pura e simplesmente, apagar o litanias e abandonar o projecto. Alguém mais sensato que eu fez-me ver que estava errado. E percebi que este era um projecto não para morrer, mas sim para se renovar e crescer. Foi isso que fiz. Com nova morada, novo layout e novas secções.

Mesmo sabendo que continuarei a contar com a presença de todos aqueles que fizeram do litanias um espaço também um pouco seu, não posso deixar de lhes agradecer!
Truta Azul, Truta Vermelha, Manel da Truta, Truta Laranja, oliveirinha, Jatón, joaninha, muito, muito obrigado, a todos!
Ao Dúvidas Dúbias e, novamente, à Laranja, obrigado pelas ajudas que me deram em compreender melhor o funcionamento técnico do Blogger.
A todos os que visitaram este espaço, comentando ou não, espero que continuem a aparecer pelo novo litanias. Agradeço-lhes o tempo dispendido com estes desabafos, nem sempre muito lógicos, nem sempre muito bem escritos.
Vocês são todos provas vivas de resistência... e amizade!

A partir deste momento, a nova morada do litanias é aqui.

The big day is coming 

Não tarda mesmo nada, nada, nada, terei novidades...

terça-feira, junho 01, 2004

"Malta, vamos lá a explicitar conceitos!" 

Começavam sempre assim, aqueles debates.
Dizia-me constantemente uma professora minha do 4º ano que é necessário explicitar os conceitos, antes de se proceder a um debate de ideias, pois facilmente incorremos no erro de utilizarmos um conceito de uma determinada forma, convencidos que o interlocutor o apreende da mesma forma que nós, o que, normalmente, não é verdade. Defendia ela que, no início de cada debate, se deveria proceder a uma clarificação de conceitos, para que os intervenientes soubessem com que linhas se cosem. E que, a cada novo conceito introduzido, se deveria proceder a nova pausa, de modo a que esse novo conceito fosse correctamente assimilado.
Inicialmente, pensava que esta metodologia seria, sobretudo, muito útil aos políticos portugueses, que parecem nunca falar das mesmas coisas. Depois, percebi que daqueles (poucos) que realmente utilizam conceitos e sabem o que debate de ideias quer dizer, a grande maioria se estava pouco borrifando para a clarificação daquilo que dizem, visto ser seu objectivo precisamente o contrário, o lançar da confusão, o criar de nebulosas construções mentais na cabeça da população. Como é evidente, tendo em conta o nível de instrução cívica dos portugueses, esta atitude tem apenas um resultado: a falta de capacidade da parte dos cidadãos para contestar aquilo que lhes é vendido. Afinal, o resultado mais desejado, provavelmente.
A metodologia proposta por essa minha professora é, de facto, mais lenta, mais trabalhosa, menos propensa a debates mediáticos. Mas terrivelmente eficaz, como o provavam os debates por ela promovidos em pleno espaço de aula. Não saíamos dali com posições consensuais, não tínhamos um debate mais civilizado por isso. Mas saíamos dali a saber muito bem o que cada um pensava dos assuntos debatidos. E a quem nos aliarmos da próxima vez. E a quem atacar, também. Ao fim de algumas semanas nisto, já alguns de nós tinham assimilado esta técnica profundamente. O Manel, eterno companheiro, aquele a quem, quando perguntado sobre como ia a turma respondia sempre “O Tiago? Está bem!” (eu fazia o mesmo…), foi rapidamente epitetado de desconstrutivista compulsivo. Logo de seguida, fiquei a saber que eu era, na realidade, um neo-positivista. Na realidade, éramos apenas dois gajos chatos como tudo, que nunca se calavam e que gostavam de questionar tudo e todos*.
A ciência foi a promotora da minha formação política.
Se transpuser esta lógica para o nível da vida pessoal, mais complicado se torna, ainda. Nem toda a gente gosta de, a cada novo assunto, esclarecer aquilo que para si representam certas palavras. E, admito, pode tornar-se uma chatice, ter de fazer pausas frequentes no normal desenrolar de uma conversa, para explicitar conceitos. Mas acho que vou voltar a utilizar este método no meu dia-a-dia. Pelo menos, evito o que tem acontecido, com toda a gente a perceber o contrário daquilo que lhes digo.
A incompreensão é aquilo que me chateia, verdadeiramente. É aquilo que faz com que metade das minhas conversas de alhos sejam entendidas como de bugalhos pela maioria das pessoas.

* João, Hugo, Lena, Adriana: desculpem se alguma vez fui incorrecto nesses debates, eu sei que todos se lembram da intensidade absurda que por vezes se atingia na “arrecadação”. Quanto aos restantes, peço desculpa ao mundo por não ter sido ainda mais violento. Eles mereciam. Acreditem.

Estou farto... 

...não sei muito bem o que ando aqui a fazer.

segunda-feira, maio 31, 2004

O litanias não está esquizofrénico 

Não se admirem se, nos próximos dias, virem mudanças repentinas e sucessivas no aspecto do litanias. Estou em plena re-estruturação gráfica. Se, no fim de milhentas alterações e configurações, isto ficar uma merda (como promete vir a acontecer), não se preocupem, volto simplesmente ao aspecto actual e calo-me bem caladinho com isto.

Destruição 

O incêndio que destruiu grande parte da Colecção Saatchi foi responsável pelo desaparecimento de obras de valor incalculável. Uma delas, o fantástico "Hell" dos irmãos Chapman e quatro obras de Paula Rêgo. Os Chapman já se manifestaram dispostos a refazer "Hell", declarando tratar-se "apenas de arte": "Vamos voltar a fazê-lo.". Já Paula Rêgo diz que não tentará refazer os trabalhos perdidos, visto tratarem-se de momentos únicos de criação, irrepetíveis.

Admito que não sei qual das duas posições é mais correcta. Se é que existe uma mais correcta que a outra. De qualquer forma, podemos aqui ver "Hell".

Momento nostálgico XIII 



A pedido de várias famílias...

domingo, maio 30, 2004

Se 

If you were the road
I'd go all the way
If you were the night
I'd sleep in the day
If you were the day
I'd cry in the night
'Cause you are the way
The truth and the light
If you were a tree
I could put my arms around you
And you could not complain
If you were a tree
I could carve my name into your side
And you would not cry,
'Cos trees don't cry

If you were a man
I would still love you
If you were a drink
I'd drink my fill of you
If you were attacked
I would kill for you
If your name was Jack
I'd change mine to Jill for you
If you were a horse
I'd clean the crap out of your stable
And never once complain
If you were a horse
I could ride you through the fields at dawn
Through the day until the day was gone
I could sing about you in my songs
As we rode away into the setting sun

If you were my little girl
I would find it hard to let you go
If you were my sister
I would find it doubly so
If you were a dog
I'd feed you scraps from off the table
Though my wife complains
If you were my dog
I am sure you'd like it better
Then you'd be my loyal four legged friend
You'd never have to think again
And we could be together till the end

The Divine Comedy - If...


Vireno, aquel mimanso regalado 

Vireno, aquel' cordeiro tão mimado
e de coleira azul, aquel' formoso
que com balido rouco e amoroso
levava pelos montes a meu gado,

aquel', de seu tosão tão encrespado,
e alegres olhos e mirar gracioso,
por quem eu de ninguém fui invejoso,
sendo de mil pastores invejado,

já mo roubaram, ó Vireno irmão:
para outro já retouça, outro provoca,
dorme de dia as noites que acarinha;

já come o branco sal por outra mão,
já come alheia mão com sua boca
de cuja língua se abrasou a minha.

Lope de Vega - Tradução de Jorge de Sena


sábado, maio 29, 2004

Momento nostálgico XII 



Eu sei, eu sei, este até é fácil de rever... Mas dá-me sempre a nostalgia quando me lembro destes malucos...

Sou vingativo, pois sou! E depois?! 

Ao rapazola com penteado ridículo, polo às riscas e ar de quem precisa desesperadamente de um par de estalos:

Mete o Porsche no rabo! Espero que tenhas passado com velocidade suficiente para seres apanhado pelo radar que estava dois quilómetros à frente! AHAHAH!!!

Já agora:

Aquela rodilha amarelo-palha ao teu lado, era o cabelo da menina com ar permanentemente enjoado, brincos megalómanos e polo igual ao teu? Jesuuus!!!

Existência 

3650. Eram 3650 degraus. Cada um de cor diferente, como um gigantesco Pantone em evolução permanente, iniciado no Avocato Green, com fim marcado para o Twilight Blue. Mescla, caleidoscópio colorido, com todos os matizes bem demarcados, mas, simultaneamente, intimamente imbricados, como se todos fossem, em última análise, parte integrante da mesma entidade. E subi-os, todos. Como se fossem apenas mais uma etapa para um objectivo bem definido, ainda que nem eu próprio tivesse consciência de qual seria. E um som profundo, que vinha do solo abaixo de mim, 30 mil metros abaixo da escadaria suspensa.

À volta, as cores brilhavam, como se o próprio cenário fosse um círculo hipnótico infindável, aurora boreal de tons insondáveis. Contornos difusos, cuja própria existência pus em causa. E, no topo, imponente, o portal. Granito românico, de matizes vermelhos. Alguém tornara os feldspatos em pontos de cor em mutação constante, movimentos perpétuos de cor e luz. O som, perdido nas brumas coloridas, aumentava de intensidade. Distingo agora vozes, tambores, som graves que me obrigam a mexer, como se tomado por uma energia que me atravessa e me faz pertencer a um nível diferente. Algo de iniciático, ritual, secreto. As vozes elevam-se e distingo melhor as palavras, como um mantra pós-moderno, modernos primitivos à solta: “Oh landou, nieva, mesthai, mesthai, muora, esse-esse, namesse, naguesse, namesse, dassucodavilei, amda-eri-samdeh...”

Ao passar a porta, um som envolve-me, como se uma vibração constante me acompanhasse daí em diante, atestado do meu feito, da minha subida infindável. Do outro lado, linhas serpenteantes, riscos vermelho-vivo que correm ao longo de toda a nave central, ondulantes, encaminhando-me para o altar de pórfiro. Ao chegar junto a ele, o cântico elevava-se, numa espiral que parecia não ter fim previsível, como se todas as escalas tivessem há muito sido desfeitas por um qualquer compositor anarquista, decidido a romper de vez com limitações físicas.

Ao tocar a pedra fria do altar, as linhas começam a serpentear, não da forma linear como até então, mas com um objectivo evidentemente definido; algo de tridimensional, volumétrico, quase arrisco a pensar que seja algo com textura. Ao mesmo tempo, a sua cor entra em lenta mutação, pulsante, até estabilizar num azul eléctrico, electrizante. Começo lentamente a discernir uma figura, formada pelas linhas, como néons moldados a um corpo. Percebo finalmente quem és.

Ao tocar-te, deixo imediatamente de ouvir o mantra infinitamente escutado até então. Apenas um som aproximado de vento forte nos rodeia, como buraco negro subitamente destapado, que, simultaneamente, começa a sugar toda a cor à nossa volta. Mais e mais rápido, o círculo de cores é aspirado, engolido pelo vórtice aberto no altar. Vejo-me, instantaneamente, numa sala branca, onde apenas o vermelho do altar e o azul dos néons que és tu brilham, tornam-se quase chocantes neste agora alvo ambiente. Olho para as minhas mãos, dou-me conta, repentinamente, que me tornei translúcido, bolha em forma de corpo. Cores irisadas, qual bola de sabão, desloco-me na direcção que me indicas, reflectindo as tuas cores brilhantes na minha translucidez plástica.

É ao me dares a mão que sinto o calor que emana do teu corpo e a vibração que atravessa este meu corpo agora etéreo. Aproximamo-nos do altar e viro-me na tua direcção. Lentamente, abraças-me. E o branco da sala vibra, como se animado de uma outra qualquer energia, nova, profunda, poderosa. Uma estranha sensação de paz inunda-me, enquanto me apercebo aos poucos que a cor que até há instantes reflectia este meu novo corpo está, agora, dentro dele. Abro os olhos e não te vejo. Ao olhar para baixo, compreendo que eu próprio já não existo. Nem tu. Até que uma voz dentro de mim me diz “Descansa. Agora, nós existimos.”.

E, ao acordar novamente na minha cama, sei que nunca mais serei o mesmo. Porque agora sei de onde vem o calor que emana de mim.

Enaenaena! 

Sou o Beatle cool!


George


Which Beatle are you??
brought to you by Quizilla

sexta-feira, maio 28, 2004

Vestigia Dei 

És tu quem perseguimos pelos lábios
e tens em equilíbrio os seres e o tempo
És tu quem está nos começos do mar
e as nossas palavras vão molhar-te os pés
Tu tens na tua mão as rédeas dos caminhos
descem do teu olhar as mais nobres cidades
onde nasceram os primeiros homens
e onde os últimos desejarão talvez morrer

Tu és maior que esta alegria de haver rios
e árvores ou ruas donde serem vistos
Por ti é que aceitamos a manhã
sacrificada aos vidros das janelas
aceitamos por ti o sol ou a neblina
que faz dos candeeiros sentinelas
É para ti que os pensamentos se orientam
e se dirigem os passos transviados
e o vento que nos veste nas esquinas

És sempre como aquele que encontramos
diariamente pela rua fora
e a pouco e pouco vemos onde mora
Só tu é que nos faltas quando reparamos
que os papéis nos vão envelhecendo
e os dias um por um morrendo em nossas mãos
És tu que vens com todos os versos
És tu quem pressentimos na chuva adivinhada
quando os olhos ainda se nos fecham
embora o sono nunca mais seja possível
É tua a face oposta a todas as manhãs
onde o tempo levanta ombros de espuma
que deixam fundas rugas pelas faces

Os céus contam contigo é para teu repouso
a terra combalida e sem caminhos
Ser indecomponível teu corpo foi maior
que vítimas e oblações. Quando tu vens
a solidão cai leve como a flor do lírio
e as aves nos pauis levantam voo
e há orvalho em teus primeiros pés

Não assistisses tu a esta nossa vida
caíssem-nos os gestos ou quebrados ou dispersos
e nenhum rosto decisivo um dia fecharia
todas as palavras com que dissemos os versos

Ruy Belo

Recomendo a comparação com o post Anarquista Duval, de dia 6 de Abril. Não me perguntem porquê...

Porquê 5ª 

Estranho como às vezes temos pressentimentos. Não te reconheci imediatamente. E, no entanto, soube imediatamente que eras tu. Como se não pudesses ser outra pessoa. Todos os receios, dúvidas, desapareceram, sem dar por isso. De forma instantânea, automática. Talvez não fossem, realmente, importantes. A eterna questão "de que falar?", nem dei por ela. Desvaneceu-se, como se fosse evidente que de tudo seria possível falar. Espontaneidade, abertura total? Ao contrário do esperado, evidente, outro modo de agir seria impossível, perante o pressentimento de termos diante de nós alguém bom, verdadeiramente bom.

As conversas não deviam ter horários. Porque sei que podia falar contigo por muito, muito tempo.

Feliz... apenas feliz! 

Tive hoje uma verdadeira experiência "5ª Dimensão". Algo que nunca imaginei que fizesse, pois não sou muito dado a "tiros no escuro". E, no entanto, fi-lo e não me arrependo nada! hoje, fiquei mais feliz com o mundo, por me colocar algumas situações e algumas pessoas ao caminho! Hoje, percebi mais uma vez que a vida pode ser muito mais simples, quando a deixamos simplesmente seguir o seu rumno e não lhe colocamos, com a nossa própria inércia, entraves injustificados.

Há muito tempo que não tinha oportunidade de praticar um dos meus desportos favoritos:
boa conversa despreocupada ao almoço, em cenário agradável. O melhor de tudo? Não foi um desporto individual, tipo jogo de ténis, mas colectivo, como o vólei de praia - 2 pessoas viradas para o mesmo lado do campo.

Só me falta agora perceber de onde apareceu o monge budista que me acompanhou ao longo dos Tesouros da China...

quinta-feira, maio 27, 2004

Uma noite de emoções 

Para além da euforia colectiva que contagiou o país, a minha noite de ontem teve um sabor especial:

Finalmente, consegui ir vê-lo!



E tenho de dar razão a quem diz que o "Vol. 1" faz muito mais sentido com este "Vol. 2".

Onde um era uma amálgama, um pastiche pós-moderno de contornos vincadamente gore, o outro é a mais inesperada e, no entanto, tocante, história de amor. Onde um era um delírio visual, o outro é um regalo para o coração.

Onde um me fez rir de forma mordaz, o outro conseguiu a proeza de me manter silencioso, concentrado, preso ao ecrã até ao último frame.

Mesmo sendo eu o único espectador presente.

Genial, a sequência da morte de Bill. Inesperada, a "Técnica dos Cinco Pontos de Pressão para a Explosão do Coração". E, no entanto, com todos os sentimentos que este "Vol. 2" nos injecta, consegue, ainda assim, não abandonar o estilo "Kung Fu Masters meets Sergio Leone"! Brilhante!

Os parabéns sentidos de um benfiquista 



Nem queiram saber a festa que se fez na auto-estrada, a ouvir o jogo na Antena 1! Grande festival de buzinadelas e sinais de luzes que era naquela A1!

quarta-feira, maio 26, 2004

Para as Trutas 

Afinal, não há só um Bono metido em politiquices...

2005: Ano do Tibete em França? 

Em 1950, a China invadiu o Tibete, obrigando ao exílio posterior do Dalai Lama e do governo tibetano. Desde então, o governo chinês tem preconizado uma política de colonatos, levando a que os 6 milhões de tibetanos actualmente existentes no território sejam minoritários no seu próprio país.
Em 2004, a França promoveu o "Ano da China", com vários eventos, culturais e não só, alusivos a esse país. O presidente do grupo de estudos sobre o Tibete, Lionnel Luca pretende que 2005 seja, como contraponto, o "Ano do Tibete", de modo a dar um novo fôlego à causa tibetana a nível internacional.

O chefe do governo tibetano no exílio, Samdhong Rinpoche, veio já a público saudar a iniciativa e pedir o auxílio francês na divulgação da causa tibetana, de modo a que seja dada nova voz às suas reivindicações.
Iniciativas, todas elas, dignas de aplauso e de todo o nosso apoio.

Já agora:

Para quando o "Ano da Palestina", em França e no mundo?

Se Deus existir... 

...castiga esta gente toda que tem invocado o Seu nome em vão! Parece moda entre estes neoliberalóides, o "Deus nos proteja!", depois de um fígado amarelento, é tempo da parte intestinal libertar mais um fluxo do seu ideário, devidamente acompanhado da agora tão querida frase!

Se calhar, o Delgado também faz parte do "Portugal Positivo"...

Momento nostálgico XI 


Redacção 

"Uma senhora pediu-me
um poema de amor.

Não de amor por ela,
mas «de amor, de amor».

À parte aquelas
trivialidades «minha rosa, lua do meu céu interior»
que podia eu dizer
para ela, a não destinatária,
que não fosse por ela?

Sem objecto, o poema
é uma redacção
dos 100 Modelos
de Cartas de Amor."

Alexandre O’Neill

Nada é o mesmo quando feito sem objectivo definido.

Como eles não as tinham, afinal... 

...chegaram à conclusão que é melhor dar-lhes todas as possibilidades no futuro. Assim, ao menos, a próxima invasão já não tem de ser baseada só em mentiras.

terça-feira, maio 25, 2004

Nutrição 

When you came, you were like red wine and honey,
And the taste of you burnt my mouth with its sweetness.
Now you are like morning bread,
Smooth and pleasant.
I hardly taste you at all for I know your savour,
But I am completely nourished.

Amy Lowell - Decade

segunda-feira, maio 24, 2004

I've got the blues 

"Fragile
Like a baby in your arms
Be gentle with me
I'd never willingly
Do you harm

Apologies
Are all you ever seem to get from me
But just like a child
You make me smile
When you care for me
And you know...

It's a question of lust
It's a question of trust
It's a question of not letting
What we've built up
Crumble to dust
It is all of these things and more
That keep us together

Independence
Is still important for us though (we realise)
It's easy to make
The stupid mistake
Of letting go (do you know what I mean)

My weaknesses
You know each and every one (it frightens me)
But I need to drink
More than you seem to think
Before I'm anyone's
And you know...

It's a question of lust
It's a question of trust
It's a question of not letting
What we've built up
Crumble to dust
It is all of these things and more
That keep us together

Kiss me goodbye
When I'm on my own
But you know that I'd
Rather be home

It's a question of lust
It's a question of trust
It's a question of not letting
What we've built up
Crumble to dust
It is all of these things and more
That keep us together"

Depeche Mode - A question of lust

Perguntas à Língua Portuguesa 

Venho brincar aqui no Português, a língua. Não aquela que outros embandeiram. Mas a língua nossa, essa que dá gosto a gente namorar e que nos faz a nós, moçambicanos, ficarmos mais Moçambique. Que outros pretendam cavalgar o assunto para fins de cadeira e poleiro pouco me acarreta.

A língua que eu quero é essa que perde função e se torna carícia. O que me apronta é o simples gosto da palavra, o mesmo que a asa sente aquando o vôo. Meu desejo é desalisar a linguagem, colocando nela as quantas dimensões da Vida. E quantas são? Se a Vida tem, é idimensões? Assim, embarco nesse gozo de ver como a escrita e o mundo mutuamente se desobedecem.

Meu anjo da guarda, felizmente, nunca me guardou.

Uns nos acalentam: que nós estamos a sustentar maiores territórios da lusofonia. Nós estamos simplesmente ocupados a sermos. Outros nos acusam: nós estamos a desgastar a língua. Nos falta domínio, carecemos de técnica.

Ora qual é a nossa elegância? Nenhuma, excepto a de irmos ajeitando o pé a um novo chão. Ou estaremos convidando o chão ao molde do pé? Questões que dariam para muita conferência, papelosas comunicações. Mas nós, aqui na mais meridional esquina do Sul, estamos exercendo é a ciência de sobreviver. Nós estamos deitando molho sobre pouca farinha a ver se o milagre dos pães se repete na periferia do mundo, neste sulburbio.

No enquanto, defendemos o direito de não saber, o gosto de saborear ignorâncias. Entretanto, vamos criando uma língua apta para o futuro, veloz como a palmeira, que dança todas as brisas sem deslocar seu chão. Língua artesanal, plástica, fugidia a gramáticas.

Esta obra de reinvenção não é operação exclusiva dos escritores e linguistas. Recriamos a língua na medida em que somos capazes de produzir um pensamento novo, um pensamento nosso. O idioma, afinal, o que é senão o ovo das galinhas de ouro?

Estamos, sim, amando o indomesticável, aderindo ao invisível, procurando os outros tempos deste tempo. Precisamos, sim, de senso incomum. Pois, das leis da língua, alguém sabe as certezas delas? Ponho as minhas irreticências. Veja-se, num sumário exemplo, perguntas que se podem colocar à língua:

Se pode dizer de um careca que tenha couro cabeludo?

No caso de alguém dormir com homem de raça branca é então que se aplica a expressão: passar a noite em branco?

A diferença entre um às no volante ou um asno volante é apenas de ordem fonética?

O mato desconhecido é que é o anonimato?

O pequeno viaduto é um abreviaduto?

Como é que o mecânico faz amor? Mecanicamente?

Quem vive numa encruzilhada é um encruzilheu?

Se diz do brado de bicho que não dispõe de vértebras: o invertebrado?

Tristeza do boi vem dele não se lembrar que bicho foi na última reencarnação. Pois se ele, em anterior vida, beneficiou de chifre o que está ocorrendo não é uma reencornação?

O elefante que nunca viu mar, sempre vivendo no rio: devia ter marfim ou riofim?

Onde se esgotou a água se deve dizer: "aquabou"?

Não tendo sucedido em Maio mas em Março o que ele teve foi um desmaio ou um desmarço?

Quando a paisagem é de admirar constrói-se um admiradouro?

Mulher desdentada pode usar fio dental?

A cascavel a quem saiu a casca fica só uma vel?

As reservas de dinheiro são sempre finas. Será daí que vem o nome: "finanças"?

Um tufão pequeno: um tufinho?

O cavalo duplamente linchado é aquele que relincha?

Em águas doces alguém se pode salpicar?

Adulto pratica adultério. E um menor: será que pratica minoritério?

Um viciado no jogo de bilhar pode contrair bilharziose?

Um gordo, tipo barril, é um barrilgudo?

Borboleta que insiste em ser ninfa: é ela a tal ninfomaníaca?

Brincadeiras, brincriações. E é coisa que não se termina. Lembro a camponesa da Zambézia. Eu falo português corta-mato, dizia. Sim, isso que ela fazia é, afinal, trabalho de todos nós. Colocamos essoutro português - o nosso português - na travessia dos matos, fizemos que ele se descalçasse pelos atalhos da savana.

Nesse caminho lhe fomos somando colorações. Devolvemos cores que dela haviam sido desbotadas - o racionalismo trabalha que nem lixívia. Urge ainda adicionar-lhe músicas e enfeites, somar-lhe o volume da superstição e a graça da dança. É urgente recuperar brilhos antigos. Devolver a estrela ao planeta dormente.

Mia Couto

Os galegos são uns sortudos... 

...são poetas portugueses com fogo de espanhóis.

Abrir a boca en ti, onde as estrelas
configuran a constelación dos nosos nomes,
abrandar a vontade que nos puxa
implacabelmente para os extremos opostos
con esa forza de non sermos nen eu ti nen ti eu,
cortar a fita para inaugurar o tempo
no que nos miramos o ollo no ollo multiplicado
como o rio aquel, o suor, o beixo continuado
balizado por latexos que se escapan,
e palavras atadas que nos fican dentro,
para fabricar o xesto de buscar-nos
por debaixo das sombras e os vestidos.
Abrir a boca à escuridade para encontrar o dia.

Luisa Villalta - Apresados Sen Presa

domingo, maio 23, 2004

Afinal, há esperança! 

Pela primeira vez, vi um judeu a dizer umas verdades. E logo ministro!

Delgado, enganas-te, pá! 

Há mais de dois anos que só temos visto palhaçadas.

És mesmo um ganda maluco, oh Zé Manel! 

"Responsabilizo directamente o PCP por quaisquer problemas de segurança durante o Euro 2004". Não, não é gralha, o "nosso" primeiro-ministro não disse "esses FDP" (mas de certeza que pensou...), disse mesmo PCP.

Alguém se importa de explicar a estes cromos que a demagogia tem limites?!

Para mais, é isto que o líder do principal partido do governo (será?) tem para dizer no discurso de encerramento de um congresso? Sinceramente, acredito que, mesmo dentro do PSD já comece a haver muita gente farta de palhaçadas...

Adenda: Se bem me lembro, o último governo a utilizar os comunistas como bode expiatório para tudo, como se fossem o papão, foi derrubado por aquela "evolução" de há 30 anos...

Na Torre de Belém? 

Aquela jovem que canta aquelas coisas lamechas, a Dido (ou Dildo, como inocentemente lhe chamava um amigo meu até lhe ser explicada a subtil diferença), ao que parece, vai dar um concerto na Torre de Belém.
Bom, a música pode não valer um chavo, mas pode ser que ela se safe pela originalidade...

Momento nostálgico X 


Ao menos, assim ninguém vê... 

Os States mais uma vez no seu melhor!

Desta vez, é o Rumsfeld a proibir os militares norte-americanos de usarem telemóveis com câmara.
Ora então, deixa cá ver se percebi:

Este palhaço, que coordenou as torturas no Iraque, mas que não se demite em conseuquência do escândalo, garante-nos agora oficiosamente que as torturas vão continuar ao mesmo nível, mas agora os soldados americanos já não vão poder tirar fotografias tão facilmente! Isto sim, é sentido humanitário! Respeito pelos direitos humanos!

Anormal!

Fim provável de gerações perdidas 

"Assomados, com o andar tibuteante das vítimas da realidade absoluta, desfalecemos em convulsões de electrochoque no turbilhão da engrenagem triturante que nos transportou em sucessivas oscilações sísmicas para o apaziguamento da indiferença e o amargo isolamento da solidão. Nada é o que era, nada foi o que sonhamos, apenas visões esfumadas ao contacto da memória, apenas imprecisas impressões de um tempo gasto pela usura. Tivemos o mundo, fomos o mundo...
Salve, cadáveres brancos da inocência!
Salve, corpos belos do amor!
Salve, feiticeiros da embriaguez permanente!
Salve, magos da existência não fragmentária!
Salve, pederastas do desejo, junkies do caos, prisioneiros da liberdade!
Salve, irreprimível lúdico!
Salve, criadores de vida, amantes da infância, viciados do presente!
Salve, orfãos perdidos!
Salve! Salve! Salve!"

Mão Morta - Último quadro de "Gumes"

Experiência 

"Depois, vou reparando nesta curiosíssima coisa:
aquilo a que toda a gente chama experiência, vida, etc., é puramente um conjunto de regras práticas para esquecer que se vive. Porque, se a gente se lembra da vida, não há "experiência" possível - e a experiência é outra, mais funda, embora feita, só e também, do que se vê e adivinha. Pois se chamam experiência ao saber tornar a fazer o que já se fez - não é isto a negação da vida?"

Jorge de Sena

Arte e Amor 

"Os museus são necessários, são uma arrecadação de coisas visuais que entusiasmam os homens das tecnologias a respeitar o visual e que contribuem para a educação estética das pessoas. Antigamente, os Mestres da criatividade eram mais respeitados. Formavam uma elite, eram eles que conduziam as coisas do ponto de vista visual. A arte evolui com o tempo. O que é perfeito para uns poderá não o ser para outros. Dentro de cada homem há um estilo. É a estética, é o cunho, é a graça de uma pessoa ou objecto. A arte é inexplicável e aí é que está a criatividade. Não se pode explicar o inexplicável. Nasceu uma obra, não se pode explicar como aconteceu. Existe entre o artista e a obra a mesma relação que existe entre pai e filho. A obra é a continuidade do artista. Muitas vezes o artista não sabe como surgiu a obra, ela simplesmente aconteceu. Cada nação tem o seu céu, os dois limites do homem são o céu e a terra."

Martins Correia (1910-1999)

Eu não vos podia deixar sem ver o resto... 

Lembram-se do ataque ao tanque de guerra? Pois bem, ao que parece, novas aventuras esperavam o "Alfa 2"...

Não ganhei... 

...mas foi por pouco, caraças!
Nada mau, para uma estreia!

sábado, maio 22, 2004

Esclarecimento bíblico: S. Tiago 

De facto, existem dois apóstolos com o nome de S. Tiago; S. Tiago Menor e S. Tiago Maior (Que se saiba, não há registo de como fizeram a medição. No entanto, tratando-se de um grupo exclusivamente masculino que se sabe ter estado envolvido em actividades como a lavagem comum de pés, presume-se que tenha sido algo parecido com as comparações que grassam pelos balneários das escolas secundárias deste país.)

S. Tiago Menor era filho de Alfeu e de Maria, irmã de Nossa Senhora. Primo, portanto, de Jesus. Tinha três irmãos, José, Judas Tadeu e Simão. Era carpinteiro. Ao que parece, é um mártir, tendo sido lapidado (morto à pedrada, para o incauto leitor).

S. Tiago Maior, por seu turno, tem túmulo em Santiago de Compostela. Era filho de Zebedeu e Salomé (O que é que a minha cabeleireira tem a ver com isto?!), sendo irmão de João Evangelista. Eram todos pescadores. Fazia parte do grupo dos três apóstolos mais íntimos de Jesus. Para agradar aos Judeus, Herodes manda-o decapitar em Jerusalém.

Pelos exemplos, posso ver que os Tiagos, quando santos, têm tendência para a morte violenta.

[Nota: lembrar-me sempre de não deixar que me canonizem em vida...]

Meia-hora e tu 

Meia-hora. Terá sido tão pouco tempo? O certo é que, quando aquela passagem de nível fechou, a chuva começou a cair com mais força. Pingos grossos, que deixaram o pára-brisas cheio de círculos grandes, campo minado de água.
Quando me canso de esperar, desligo o carro, tiro o cinto e recosto-me bem no banco, à espera. De vez em quando, um relâmpago, seguido de um som de folha de zinco abanada por trás do palco, 10, 12 segundos mais tarde. “Já está a ir embora...”, enquanto sorrio ao ver a rapariga do carro de trás a abrir o vidro e, espontaneamente, a emprestar o isqueiro ao motard parado ao nosso lado, vendo-o procurar desafortunadamente nos bolsos do fato de cabedal. Bem basta a chuva!

“One hand loves the other
So much on me

Born stubborn, me
Will always be
Before you count 123
I will have grown my own private branch
Of this tree

You: gardener
You: discipliner
Domestically
I can obey all of your rules
And still be: be

I never thought I would compromise
I never thought I would compromise
I never thought I would compromise

let's unite tonight
we shouldn't fight
embrace you tight
let's unite tonight

I thrive best
Hermit style
With a beard and a pipe
And a parrot on each side
But now I can't do this without you

I never thought I would compromise
I never thought I would compromise
I never thought I would compromise

let's unite tonight
we shouldn't fight
embrace you tight
let's unite tonight

One hand loves the other
So much on me

let's unite tonight
we shouldn't fight
embrace you tight
let's unite tonight

let's unite tonight
we shouldn't fight
embrace you tight
let's

unison”
no carro. E lembro-me de ti. De como me devolveste a confiança. E de como fazes de mim uma melhor pessoa.

Alguns minutos, mais tarde, ouço o roncar inconfundível de uma Vespa aproximando-se lentamente... O careca (como venho a descobrir um pouco mais tarde) de meia-idade com o equipamento de pesca às costas desliga o motor. Fica ali por alguns minutos, enquanto a chuva abranda, já o pára-brisas está cheio de gotas enormes, redondas, um caleidoscópio aquático. O homem da Vespa apeia-se, arrisca-se até à borda da linha, a ver se o comboio finalmente vem “Nem o pai morre, nem a gente almoça!”, ouço-o dizer, por entre o gotejar contra os vidros, as suas feições grotescas através do meu caleidoscópio. Tenho o vidro aberto, não gosto do cheiro a fumo dentro do carro. Não consigo conter um sorriso aberto, visível até para ele, que se ri para mim “Deve ser para os peixes não estranharem estar fora de água!”. Passa um pendular, lentamente. O pescador corre para a Vespa, ouvem-se os carros a serem ligados, parece um arranque de Fórmula 1. Não sei porquê, não tenho vontade de ligar o carro. Espero. E, de facto, a cancela continua em baixo, as pessoas dos dois lados da linha olham-se, expectantes. Voltam a desligar-se os carros. Minutos mais tarde, surge o comboio de mercadorias, inconscientemente aguardado. Voltam a arrancar os motores, desta vez a guarda vem, passo lento, certo, roda a manivela, levanta-se a cancela. Passamos todos, lentamente, que o piso é irregular. A fila já do outro lado, já ia nuns 600 m, enorme para os meus padrões de interior. Alguns metros à frente, um cavalo que já foi branco, sujo, puxa uma carroça, encharcado. E sei que no sossego da minha vida há lugar para a tua agitação pacificada. Mas gosto muito das minhas raízes.

À menina apressada do Saxo comercial: 

Ponto 1: Não é bonito atravessar um parque de estacionamento de grande superfície pelo meio das filas todas. Os senhores gastaram dinheiro a marcar os arruamentos, por alguma razão foi.

Ponto 2: Não percebi qual foi a pressa em tentar ir pela outra saída para sair à minha frente, quando afinal, sem pressas e pelo caminho normal, chegámos lá ao mesmo tempo.

Ponto 3: Não pense que, por fazer ar de má e chegar a uma rotunda à campeã, a travar em cima de mim, me intimida. EU vou na rotunda; EU tenho prioridade, lembra-se de qualquer coisinha das aulas de código que, certamente, teve?

Ponto 4: Da próxima vez que, numa saída em que, 300 metros à frente, sou obrigado a parar, a menina achar que circular a 60 km/h for muito pouco, me fizer aproximações à traseira como fez hoje e me buzinar, pode ter a certeza que eu perco o amor ao meu fabuloso bólide (não, aquilo não é um ponto de ferrugem, é design!) e ponho o pé ao travão. Aproveito para lhe recordar que a responsabilidade será SEMPRE sua, logo, pagar-me-à o arranjo e talvez eu tenha, finalmente, forma de pagar uma série de arranjozitos que o carrinho anda a precisar!

Estamos entendidos?!

À menina mal-educada do Corsa "chuning":

Ponto 1 (e único): Para a próxima, antes de levantar o dedo médio em gestos obscenos, repare se o desconhecido que pára o carro e lhe faz sinal não está, porventura, a indicar-lhe que tem uma luz de stop fundida.

Porra de latinos, que já contagiaram as mulheres!!!

Peregrinos 

Sometimes you feel so far away,
distanced from all the action of the play,
unable to grasp significance,
marking the plot with diffident dismay,
stranded at centre stage,
scrabbling through your diary for a lost page:
unsure of the dream.
Kicking a stone across the beach,
aching for love and comfort out of reach;
the way ahead seems to be so bleak,
there's no-one with any friendship left to speak
or show you any relation
between your present and future situations...
lost to the dream.

Away, away, away - look to the future day
for hope, some form of peace
within the growing storm.

I climb through the evening, alive and believing
in time we shall all know our goals and so, finally, home;
for now, all is secret - though how could I speak it,
allow me the dream in my eye!
I've been waiting for such a long time
just to see it at last,
all of the hands tightly clasped,
all of us pilgrims.

Walking in silence down the coast,
merely to journey, here hope is the most,
merely to know there is an end;
all of us, lovers, brothers, sisters, friends
hand in hand....
Shining footprints on the wet sand
lead to the dream.

The time has come, the tide has almost run
and drained the deep:
I rise from lifelong sleep.

It seems such a long time I've dreamed -
now, awake, I can see
we are pilgrims and so must walk this road,
unknown in our purpose, alone, but not worthless,
and home ever calling us on.
We've been waiting here for so long,
all of our hands joined in hope,
holding the weight on the rope -
all of us pilgrims.

Van Der Graaf Generator - Pilgrims


sexta-feira, maio 21, 2004

Vou tentar não abusar 

Ultimamente, tenho postado muito links para animações do Charges.com.br, sei que se torna repetitivo, mas há muitas às quais não resisto.

Hoje, revi algumas mais antigas e encontrei este manifesto "bushista" do porquê da invasão do Iraque.

Momento nostálgico IX 



Quem é amigo, quem é?

Pensamentos de latrina I 

Com toda esta polémica a propósito da clonagem, uma grande pergunta urge colocar:
Alguém que tenha relações sexuais com o seu próprio clone, comete incesto, é gay ou está a masturbar-se?

É só mudar as cores 

E consigo sentir-me tão identificado com ele...

Paneleiros! 

É, realmente, o epíteto indicado para este anormais!

O Governo americano probiu hoje a doação de sémen e a cedência de óvulos, tecidos e órgãos por parte de portadores de doença contagiosa, que apresentem sintomas, ou que tenham praticado comportamentos sexuais de risco. Até aqui, tudo bem. O problema é que um dos comportamentos de risco listados é a ocorrência de uma relação homossexual nos últimos 5 anos! Isto quando se sabe que doenças como a SIDA até têm aumentado junto dos heterossexuais!

Fascistas!

quinta-feira, maio 20, 2004

Nem no Pompidou 

Afinal, nem no Centro Georges Pompidou as obras de arte estão seguras...

O quadro "Natureza morta com Charlotte", de Picasso, avaliado em 2,5 milhões de euros desapareceu das oficinas de restauro do Pompidou. É (ou era...) propriedade do Museu de Belas-Artes de Nancy.

E depois ainda fingem que querem encontrar as jóias da Coroa Portuguesa...

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