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sexta-feira, maio 28, 2004

Porquê 5ª 

Estranho como às vezes temos pressentimentos. Não te reconheci imediatamente. E, no entanto, soube imediatamente que eras tu. Como se não pudesses ser outra pessoa. Todos os receios, dúvidas, desapareceram, sem dar por isso. De forma instantânea, automática. Talvez não fossem, realmente, importantes. A eterna questão "de que falar?", nem dei por ela. Desvaneceu-se, como se fosse evidente que de tudo seria possível falar. Espontaneidade, abertura total? Ao contrário do esperado, evidente, outro modo de agir seria impossível, perante o pressentimento de termos diante de nós alguém bom, verdadeiramente bom.

As conversas não deviam ter horários. Porque sei que podia falar contigo por muito, muito tempo.

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