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quarta-feira, junho 02, 2004

Despedida 

190 posts. É aquilo que alberga este litanias. Mais virão, na nova casa.
Ficar. E, simultaneamente, partir. 2 litanias, 2 versões de uma mesma história.


Mudança 

Tal como o caranguejo-eremita, que, ao crescer, abandona a concha para procurar uma maior, também o litanias vai mudar de alojamento. Continuará alojado nos servidores da Blogger, mas com nova morada.

Admito que me custa abandonar esta concha, que me acolheu durante cerca de 7 meses. Cheguei a considerar, a dada altura, a hipótese de, pura e simplesmente, apagar o litanias e abandonar o projecto. Alguém mais sensato que eu fez-me ver que estava errado. E percebi que este era um projecto não para morrer, mas sim para se renovar e crescer. Foi isso que fiz. Com nova morada, novo layout e novas secções.

Mesmo sabendo que continuarei a contar com a presença de todos aqueles que fizeram do litanias um espaço também um pouco seu, não posso deixar de lhes agradecer!
Truta Azul, Truta Vermelha, Manel da Truta, Truta Laranja, oliveirinha, Jatón, joaninha, muito, muito obrigado, a todos!
Ao Dúvidas Dúbias e, novamente, à Laranja, obrigado pelas ajudas que me deram em compreender melhor o funcionamento técnico do Blogger.
A todos os que visitaram este espaço, comentando ou não, espero que continuem a aparecer pelo novo litanias. Agradeço-lhes o tempo dispendido com estes desabafos, nem sempre muito lógicos, nem sempre muito bem escritos.
Vocês são todos provas vivas de resistência... e amizade!

A partir deste momento, a nova morada do litanias é aqui.

The big day is coming 

Não tarda mesmo nada, nada, nada, terei novidades...

terça-feira, junho 01, 2004

"Malta, vamos lá a explicitar conceitos!" 

Começavam sempre assim, aqueles debates.
Dizia-me constantemente uma professora minha do 4º ano que é necessário explicitar os conceitos, antes de se proceder a um debate de ideias, pois facilmente incorremos no erro de utilizarmos um conceito de uma determinada forma, convencidos que o interlocutor o apreende da mesma forma que nós, o que, normalmente, não é verdade. Defendia ela que, no início de cada debate, se deveria proceder a uma clarificação de conceitos, para que os intervenientes soubessem com que linhas se cosem. E que, a cada novo conceito introduzido, se deveria proceder a nova pausa, de modo a que esse novo conceito fosse correctamente assimilado.
Inicialmente, pensava que esta metodologia seria, sobretudo, muito útil aos políticos portugueses, que parecem nunca falar das mesmas coisas. Depois, percebi que daqueles (poucos) que realmente utilizam conceitos e sabem o que debate de ideias quer dizer, a grande maioria se estava pouco borrifando para a clarificação daquilo que dizem, visto ser seu objectivo precisamente o contrário, o lançar da confusão, o criar de nebulosas construções mentais na cabeça da população. Como é evidente, tendo em conta o nível de instrução cívica dos portugueses, esta atitude tem apenas um resultado: a falta de capacidade da parte dos cidadãos para contestar aquilo que lhes é vendido. Afinal, o resultado mais desejado, provavelmente.
A metodologia proposta por essa minha professora é, de facto, mais lenta, mais trabalhosa, menos propensa a debates mediáticos. Mas terrivelmente eficaz, como o provavam os debates por ela promovidos em pleno espaço de aula. Não saíamos dali com posições consensuais, não tínhamos um debate mais civilizado por isso. Mas saíamos dali a saber muito bem o que cada um pensava dos assuntos debatidos. E a quem nos aliarmos da próxima vez. E a quem atacar, também. Ao fim de algumas semanas nisto, já alguns de nós tinham assimilado esta técnica profundamente. O Manel, eterno companheiro, aquele a quem, quando perguntado sobre como ia a turma respondia sempre “O Tiago? Está bem!” (eu fazia o mesmo…), foi rapidamente epitetado de desconstrutivista compulsivo. Logo de seguida, fiquei a saber que eu era, na realidade, um neo-positivista. Na realidade, éramos apenas dois gajos chatos como tudo, que nunca se calavam e que gostavam de questionar tudo e todos*.
A ciência foi a promotora da minha formação política.
Se transpuser esta lógica para o nível da vida pessoal, mais complicado se torna, ainda. Nem toda a gente gosta de, a cada novo assunto, esclarecer aquilo que para si representam certas palavras. E, admito, pode tornar-se uma chatice, ter de fazer pausas frequentes no normal desenrolar de uma conversa, para explicitar conceitos. Mas acho que vou voltar a utilizar este método no meu dia-a-dia. Pelo menos, evito o que tem acontecido, com toda a gente a perceber o contrário daquilo que lhes digo.
A incompreensão é aquilo que me chateia, verdadeiramente. É aquilo que faz com que metade das minhas conversas de alhos sejam entendidas como de bugalhos pela maioria das pessoas.

* João, Hugo, Lena, Adriana: desculpem se alguma vez fui incorrecto nesses debates, eu sei que todos se lembram da intensidade absurda que por vezes se atingia na “arrecadação”. Quanto aos restantes, peço desculpa ao mundo por não ter sido ainda mais violento. Eles mereciam. Acreditem.

Estou farto... 

...não sei muito bem o que ando aqui a fazer.

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