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sábado, abril 17, 2004

Mínimos Olímpicos 

O Ministério da Ciência e do Ensino Superior teve uma ideia louvável: implantar, no seu "Modelo de Financiamento do Sistema Científico, Tecnológico e de Inovação" uma medida intitulada "complemento de estímulo à excelência". E o que é isto? Nada mais que uma medida que visa combater a chamada "fuga de cérebros" para o estrangeiro, através de ajudas no financiamento à investigação para cientistas que atinjam o estatuto de "excelência". Até aqui, estou maravilhado.
Mas, importa agora questionar "e como é que o Estado define excelência?". Ora lá está! O Estado, em mais uma demonstração de clarividência deste governo, considerará que, para ser considerado como "de excelência", um cientista deve contabilizar já pelo menos cem artigos publicados em revistas referenciadas numa base de dados internacional e ter sido citados 200 vezes noutros trabalhos. Ou, em alternativa, contabilizar 50 artigos, cem citações e dez orientações de doutoramentos. Fantástico!
Como refere o JN, nem António Damásio, nem João Magueijo (e nem sequer Gary Backer, Prémio Nobel da Economia 1992) cumpririam os mínimos estabelecidos...

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