domingo, abril 11, 2004
"Depois, pedirei a lua, como os meninos pequenos."
"Não falemos de virtudes pensadas ou sentidas. Há, nisto, umas para uso externo e outras para uso interno - todas verdadeiras igualmente - e com estas últimas é que a gente terá de se governar.
Não pense mais na maneira de encimar as cartas. Como lhe disse já, faça o que entender, que eu acho bem feito. No entanto, olhe que talvez não seja preciso. Serei ligeiro nas apreciações? Estarei descurando a coerência do seu espírito? Creio que não: desejo apenas, tanto quanto possível, ocupá-lo. Depois, pedirei a lua, como os meninos pequenos. Creia que é verdade.
Escreva, escreva sempre. Diga o que faz e o que não faz. Mande saudades ou lembranças, conforme as sentir."
Jorge de Sena
Não pense mais na maneira de encimar as cartas. Como lhe disse já, faça o que entender, que eu acho bem feito. No entanto, olhe que talvez não seja preciso. Serei ligeiro nas apreciações? Estarei descurando a coerência do seu espírito? Creio que não: desejo apenas, tanto quanto possível, ocupá-lo. Depois, pedirei a lua, como os meninos pequenos. Creia que é verdade.
Escreva, escreva sempre. Diga o que faz e o que não faz. Mande saudades ou lembranças, conforme as sentir."
Jorge de Sena